sexta-feira, junho 18, 2004

INTERLÚDIO



emparelhamento:
Com este post declaro por ora um interlúdio de blog.
Vejo-me obrigada a desligar a net em casa, com a promessa a mim própria de quando em quando, cá voltar. Embora não com a freqência que desejaria.
Já o template deste blog foi todo modificado... apagado por engano... erro crasso.
!!Lá se foram os links todos ao ar!!!
Quando voltar logo me 'descoso' e a ver se vou reparando os estragos, nas próximas oportunidades, dado que para a escrita, é mais é casa...

desabafo:
...houvessem condições para manter a net.

quarta-feira, junho 16, 2004

ao meu filho.


emparelhamento:
tomara eu poder dar-te toda a paz deste mundo.
que os deuses te acompanhem sempre no teu caminho.

desabafo:
...te amo muito.

sexta-feira, junho 04, 2004

A beleza é o que nos mantém!

emparelhamento:
A beleza é o que nos mantém de olho vivo para a Terra. Só assim nos podemos deleitar com os prazeres da vida.
desabafo:

hoover reservoir Posted by Hello

Parabéns minaÁaaaÁÁ!


"portrait of Anna Akhmatóva"
art of Nathan Altman

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"Não, não sou eu, é alguém mais que sofre.
Eu não teria podido. Panos negros de lã cubram
O que se passou,
E levem embora os lampiões...
.............................Noite."
Anna Akhmátova

desabafo:
Parabéns Mina!!

quinta-feira, junho 03, 2004

Depois não deizes*

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"*deizes"=deixar de dizer(falar).
desabafo:
Não te cohibas de te expressar por algo que te é exterior.

esqueletos de ferro

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desabafo:
É importante ter uma estrutura forte, resistente. Construí-la com o máximo de durabilidade possível, prever o maior número de embates e apetrechá-la de resitências, molas, acolchoamentos, massa muscularmente passível de ter emoção. E depois mantê-la animada como forma que é.
Deixá-la viver e ganhar razão própria, entre os 'quereres' e os desejos.
Um avatar.

quarta-feira, junho 02, 2004

Os pulmões de Gaia: ajuda precisa-se!


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"Can we Still Retain the Potentials of the Amazon?
by tomakint on 26 May 2004 @ 07:04 PM

Once upon a time, there lies a 2 million square miles seemingly fertile, green, untapped paradise of intact forests covering part of the western Brazilian states of Amazonas, Acre, and Rondonia, stretching into the lowlands of south eastern Peru and northwestern Bolivia. This once named paradise, harbours over half of the world's remaining tropical rainforest, but now harbours the lengthy Transanazonica highway and some others.(Deforestation in Brazil: This image of the southern Amazon uses satellite data from the Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer (MODIS) on the Terra satellite collected in 2000 and 2001 to classify the terrain into three separate land surface categories: forest (red), herbaceous (non-woody) vegetation like grasses (green), and bare ground (blue). The Amazon’s numerous rivers appear white).


Precisely in August 2002, the idea of Tumucumaque National Park in the Amazon was borne, making it the largest world's tropical forest protected area. The park covers more than 3.8 million hectares almost the size of Swirzerland, protecting a significant part of the Amazon forest. Its creation is a significant step towards fulfilling the pledge made by President Cardoso in 1998 to fully protect 41 million hectares. A reliable source was once quoted as saying that, "the Amazon forest contains 60-80 billion cubic metres of timber, enough to meet the world's consumption of tropical wood for several centuries." The Amazon's biodiversity is greater than any other biodiversity that could be found anywhere in the world, with an assessed 20,000 species of flowering plants, 2,000 species of fish, 1,000 species of birds and 60 species of primates. According to the 1993 estimate, the Amazon region is home to 17 million people with more than 140 indigenous groups engaging the products of this vast jungle for their survival.

Although a larger percentage (about 90%) of the Amazon original forested area still remains today, the region faces numerous threats, such as illegal logging, road construction, human settlement and agricultural expansion, gold mining, and oil and gas exploration. Though the remoteness of most of the forest has insulated it from the worst development pressures so far, yet the rapidly increasing development plans from the three countries sharing boundaries with it may soon put this great opportunity behind us. The chief responsibility for most of the massive deforestation of Amazon lies primarily with the government and its development strategy of the past three decades as a result of credit, tax, and other incentives which enabled large scale agricultural and cattle raising schemes to be established. The promotion of mining and hydro-electric projects, including mammoth dams in the Amazon and efforts to increase exports to pay the huge external debt, have also contributed to deforestation of the Amazon. Deforestation in the Amazon eliminates the production of Brazil nuts (Berthollestia excelsa), natural rubber (Hevea brasiliensis), rosewood oil (Aniba dickel) and timber. Large tracts of forest are being cut to provide small and medium iron smelting plants with cheap charcoal. Mercury that is normally used to separate the gold from other materials destroys aquatic and forest habitats and the local populations whose diet depends on fish are now threatened by mercury poisoning.

A worrisome factor bedevilling the region now is the issue of persistent violence over land. A large percentage of Brazilian farmers are now landless. The more extensive landse pattern associated with large landholdings and cattle ranching exacerbates deforestation by its emphasis on large areas and the removal of knowledgeable farmers and native peoples from the forested environment. It must be noted that a very large percentage of farmland are held in trust by just 4.5% of the population which include the state corporations, multi nationals and private Brazilian firms. The spate of violence brewing in this region is not the best for now, a group of NGOs estimated that over 800 persons were killed in land-related conflicts i the year 1989, and even now the killing is still on.

The potentials of this vast jungle should be paramount in our eyes and struggles and therefore should not be left in the hands of bad-managers. It may be summarized that victims of environmental degradation from the emotional, personal, and life threatening perspectives are generally the poor, native (indigenes), women, and children, since they are least able to protect their rights. Retaining the potentials of the "paradise" should be a total reversal of governmental policies and their national interests ideologies, activities of multi nationals and market-oriented global trade."

desabafo:
Onde pára a consciência humana???

Lenda Japonesa - Kaguya Hime

emparelhamento:


desabafo:


UM CASAL DE VELHINHOS morava bem ao fundo de um bambuzal... Eles não tinham filhos e viviam modestamente fazendo cestos e caixotes de taquara. Certo dia, quando o velhinho cortava bambus, viu que um deles brilhava muito pela raiz. "Mas o que será isso?" Curioso, o velhinho cortou o bambu com o machado. Dentro do bambu, uma linda menininha! Ela era tão pequenina que cabia na palma da mão. O velhinho levou a menina para casa e mostrou para a mulher: "Foi Deus quem nos enviou!" A velhinha também ficou muito feliz e disse:
__ Vamos chamá-la de Kaguya Hime!
Depois desse dia, o velhinho começou a encontrar outros bambus brilhando. E, de dentro, saíam muitas moedas de ouro. Só havia uma explicação: era a menina quem lhes trazia tanta sorte.
Kaguya Hime cresceu rápido. Depois de três meses, ela se transformou em uma bela moça, tão bela quanto um raio de luar. Logo a beleza da jovem começou a ser comentada pela região. Muitas pessoas vinham só para vê-la e formava-se uma longa fila em frente a casa. Pretendentes também não paravam de chegar: alguns vinham de muito longe, outros eram pessoas importantes. Mas ela...
Ela não queria se casar com ninguém!
No entanto, cinco dos pretendentes vinham todos os dias, sempre com pedidos de casamento. Kaguya Hime então disse "Se algum de vocês conseguir trazer os objetos que eu pedir, então me casarei com essa pessoa: um vaso de pedra dos deuses que nunca se quebra, o galho de uma árvore de pedras vermelhas, um manto de pele de animal que não se queima no fogo." Os objetos que Kaguya Hime pediu eram todos impossíveis de serem conseguidos. Os pretendentes tentaram falsificá-los, mas todos foram desmascarados.
Um dia, o próprio príncipe chegou à casa de Kaguya Hime:
__ Sua beleza é ainda maior que sua fama. - e ele pediu: Gostaria muito que se casasse comigo. Mas a moça respon-deu: "Eu não posso me casar com ninguém." O príncipe respeitando a sua vontade, voltou triste para o seu palácio.
As cores do Outono tingia o céu...
Kaguya Hime começou a olhar para a lua, com grande tristeza... uma tristeza que ia aumentando a cada dia. Os pais ficaram muito preocupados e, então, perguntaram:
__ Por que você fica olhando a lua, assim tão triste?
__ Estou triste porque logo preciso ir embora. Na verdade vim de muito longe. Sou uma princesa do reino da lua e, na próxima cheia, virão me buscar.
Os velhinhos ficaram muito assustados: como se separar de uma filha tão querida?

Chegou a temida noite de lua cheia.
Os velhinhos pediram ajuda ao príncipe que enviou um batalhão de mil homens para impedir que alguém se aproximasse da casa. A princesa foi levada para o quarto dos fundos e os velhinhos aguardaram ao lado da jovem.
De repente, a lua começou a brilhar, brilhar, brilhar cada vez mais forte. "Preparem os arcos!" -- gritou o chefe da Guarda! Cegos com a luz da lua, ninguém pôde ver a chuva de pétalas que caía, nem a grande comitiva que descia, montada em nuvens, trazendo uma carruagem dourada... Quando todos puderam abrir os olhos, a comitiva já ia alta, levando embora a princesa.

CONTAM AINDA que Kaguya Hime deixou para os pais uma poção mágica de vida eterna. Mas sem a filha querida, os velhinhos não quiseram viver eternamente. Então, queimaram a poção na montanha mais alta e, até hoje, um fio de fumaça bem branquinha continua subindo ao céu, ou talvez, até a lua... essa montanha é o Monte Fuji.

8 de Junho de 2004: O Trânsito de Vénus!


emparelhamento:
"Get ready for an extremely special, very rare astronomical event: On Tuesday, June 8, the silhouette of Venus will cross the disc of the Sun. It's like an extraordinary kind of eclipse -- the last time it happened was in 1882. This much-anticipated transit will be best seen (with special eye protection -- don't stare into the Sun without it!) from Europe, Africa and Asia, but it'll be visible in its final stages from the eastern United States and Canada. Wherever you are, check out a live webcast; this kind of Venus transit won't happen again until 2012, and after that not until 2117.

Astrologically speaking, this rarity has some amazing implications. The life-giving Sun represents consciousness, while Venus symbolizes the feminine -- the power of love, relating and consensus; the principles of diplomacy and protocol; artistic endeavors; and (last but not least!) money or value. With Venus so tightly aligned with the Sun, these ideas are likely to be very much in the zeitgeist. Look for women of power (Condoleezza Rice, Martha Stewart or Hillary Clinton, perhaps) to be in the news -- or issues of women's power. Important partnerships may be announced in the financial world, or a milestone in world currency, or news about conduct or propriety. Venus is a lover, not a fighter, so this transit could also be promising in terms of a worldwide peace movement."

interessante: http://www.mercury-transit.de/
desabafo:

quinta-feira, maio 27, 2004

uma visão diferente

emparelhamento:
Um espectáculo, pelo que vi, bem do meu agrado. Em quase 40m de espectáculo creio ter dado conta de uma pequena quebra rítmica, porém não posso ter uma opinião mais concreta, dado que não pude assistir à totalidade do espectáculo, nem lhe dar o merecido olhar atento de objecto de arte...

7 solos for eleven scenes...falling through Posted by Hello

desabafo:
Uma noite diferente. Experimentem ver um espectáculo de dança com uma criança com practicamente dois anos. É delicioso observar como eles se apercebem e encaram o que veêm tão naturalmente como tudo o resto, e por conseguinte, como mãe me vejo obrigada a partilhar esta visão. e repente passa um carro na rua... "Mãe!(a)vião!" sim - com os pontos de exclamação! O público partilha também a visão dele tal como eu e sorri. Os bailarinos não deviam estar a achar muita piada... e daí talvez não. Algo mais estranho é quando de repente o 'pisto' se sai com "Mãe!Coca(?)!" - pois que não sei o que queria dizer com isso. Mas é facto que algo ele viu. Apontava e repetia mais duas vezes: "Mãe!Coca! Mãe! Coca!" Sorri um pouco envergonhada com a situação, entretanto o público - tal como eu tentava decifrar as palavras do 'pisto'.

E que tal ir viver para o monte?

emparelhamento:

desabafo:
Quero tanto!

quinta-feira, maio 20, 2004

SALADA JAPONESA

emparelhamento:
INGREDIENTES:
*800 gr. de camarão *100 gr. de lentilhas cozidas *Cenouras, aipo e alho porro *4 fatias de bacon *Alface
Para o molho: *Vinagre de vinho *Alho esmagado *Azeite *Molho de soja *Sal e pimenta
COMO CONFECCIONAR:
Coza as lentilhas, o aipo e o alho porro cortado aos bocadinhos, durante 2 minutos, em água a ferver, temperada com sal.
Coza os camarões em água e sal. Depois de cozidos passe os camarões por água fria e escorra-os.
Prepare o molho. Lave a alface e escorra a água. Frite ligeiramente o bacon. Junte o molho às verduras e às lentilhas. Disponha, num prato, a alface, os camarões e o bacon e cubra com as lentilhas e os vegetais no molho que preparou.
desabafo:

Privacidade

emparelhamento:

desabafo:
um momento de privacidade.. o meu cantinho... quando se está sozinho num teatro tudo se torna mais leve...
mais claro.

sexta-feira, abril 09, 2004

Verde de Verdade

emparelhamento:
"Nas montanhas da verdade nunca se faz uma escalada inútil." (anónimo)

verde Posted by Hello
desabafo:
É bom sentir que se sente a verdade.

quarta-feira, abril 07, 2004

Altos vôos...

emparelhamento:
Nos ensinamentos Budistas,a lei do karma, diz apenas isto: "a cada evento que ocorre, seguir-se-á um outro evento cuja existência foi causada pelo primeiro, e este segundo será agradável ou desgradável dependendo se a sua causa tenha sido objecto de habilidade ou não". ("...skillful or unskillful.")

desabafo:
Para desobstrução de um 'embate' ou ricochete de karma - como eu o entendo - ,essas experiências que se repetem ao longo de vidas com o intuito de alguma apredizagem e elevação a nível espiritual que se prolonga nas nossas vidas.

1.Lidar com o que nos acontece da melhor forma
2.Estar gratos por tudo o que nos acontece de bom (pois é resultado de bom agere)
3.Todo o tempo é tempo de aprendizagem - dum spiro spero (enquanto respiro espero - o mais conhecido enquanto há vida há esperança)
4.sorri... e recebe-te a alma a sorrir.

quarta-feira, março 24, 2004

Kefir encantado de baunilha


emparelhamento:
Kefir Encantado de baunilha

Ingredientes:(2 balões para o casal a encantar, obrigado)

1 grande ou duas metades pequenas
½ chávena de kefir
½ chávenade leite de coco ou creme de coco
½ colher de chá de gengibre e canela em pó
1 colher de chá de gérmen de trigo
1/2 colher de chá de essência natural de baunilha
2 folhas de menta fresca


MÉTODO
Excepto a canela, misturar os ingredientes num passador eléctrico por 1 minuto. Servir em copos altos e polvilhar com uma pitada de canela. Em tempo quente, experimente passá-las com cubos de gelo.



desabafo:

KEFIR ENCANTADO DE ALFARROBA OU CHOCOLATE
Aos ingredientes anteriores incluir 1 colher de chá de farinha de alfarroba, ou 1- 2 colher de chá de cacau.

TROPICAL PANDAN KEFIR CHARMER
Aos ingredientes anteriores incluir 1 colher de chá de 1/4 colher de chá de extracto de folha de Pandan , poderá ser comprado na maioria de lojas asiáticas.

terça-feira, março 23, 2004

...Solidão

emparelhamento:
Solidão
o silêncio das estrelas
a ilusao
eu pensei que tinha um mundo em minhas mãos
como um Deus
e amanheço mortal
e assim
repetindo os mesmos erros
...dói em mim

vê que toda essa procura
nao tem fim
e o que é que eu procuro afinal?
Um sinaL
uma porta para o infinito
o irreal
o que não pode ser dito
afinal ser um homem em busca de mais
demais

afinal
como estrelas que brilham
em paz
em PAZ

a ilusao
eu pensei que tinha um mundo em minhas mãos
como um um deus
e amanheço mortal
Um sinal
uma porta para o infinito
...o irreal
o que não pode ser dito
afinal ser um homem em busca
...demais

música de Lenine


desabafo:

e assim
repetindo os mesmos erros
...dói em mim
ve que toda essa procura
nao tem fim
e o que é que eu procuro afinal?

Um sinaL
uma porta para o infinito
o irreal

segunda-feira, março 22, 2004

uma nota de agradecimentos

emparelhamento:
...ao "corpo veloz" por me ter ensinado a fotoblogar
...ao Loucuras por me ensinar a ter uma visão mais positiva da vida
...á Cumbuca Poética pelo bom gosto
...à Idade da Pedra pela sua existência "granítica?"
...ao Barry Beckham pelas excelentes fotos


desabafo:
...a Gaia por me acolher

"Bloga-mos..." - em parâmetros de satisfação

emparelhamento:
com quantas palavras se escreverá um blog? Pois ora bem.... que não sei bem...
ando feliz... o que já sei que é óptimo... pois pois.... nem sei que diga ..
mas cá vai.
Tendo eu um ano de vida... (suposição - á partida parva mas, - que poderá funcionar como parâmetro de satisfação). E sendo que tenho 27... ("aaaaaaaaaaaaaaaiii é a tal idade ainda mais parva!" ) parâmetro adequado será....
Posso considerar que estou numa fase porreira... ao contrário de muitas estrelas que prái andam...
ou "andavam", nesse caso.. non e vero?

Provavelmente esses nao passaram por esta 2ª dita fase dos 27: aquela em que tudo se descomplica...

desabafo:

Teremos de dar o nosso voto contra o suicídio do bom senso, á facto!
... NÃO PODE CHOVER PARA SEMPRE...

domingo, março 21, 2004

quinta-feira, março 18, 2004

o dito 'zban'

emparelhamento:
um ganda zzzzzzzzzbannnn

desabafo:
uma imagem...

atentai ao seu conteúdo... não ao vaso

emparelhamento:
um novo planeta? Sedna... um novo mundo.
Quem dera ser estrela.. poder estar livre da luz
desta que não me traz...
o lusco-fusco...
saudade
tempo
ausente
disperso
em falta
constantes palavras e sons dissonantes

Sedna
a esperança de alguns
outros
tantos
sós!
desabafo:
raios partam os envólucros!!!

escadaria

emparelhamento:
escadas confusas
degraus que se percorrem
um a um passo a passo

passo por
mim
ti
passos firmes
passos em passada insegura
infrutífera?

continuas lá...!
eu
em passo largo
tento chegar
á passada gigante
de tentar correr...

...a galope.


desabafo:
porque não vejo o fim das escadas??

segunda-feira, março 08, 2004

Dia da Mulher - THE BURNING TIMES NEVER AGAIN...

emparelhamento
E é assim... mais um dia da mulher. A mulher cristo, seja lá qual for a forma em que ela se apresente é a comemorada neste dia.
Um pouco à semelhança das bruxas que foram queimadas em tempos. O meu pensamento está hoje com elas e com essas todas... que passaram atrocidades, pelo simples facto terem nascido mulher.
Que os deuses vos acompanhem sempre no vosso caminho.
Assim seja.

desabafo
Hoje é um dia em grande. Importante...
...ainda permanece o segredo dos Deuses.


domingo, março 07, 2004

O RETRATO OVAL



O castelo no qual meu criado estava decidido a entrar à viva força, não consentindo que eu, ferido como estava, tivesse que passar a noite debaixo da chuvarada, era um grande edifício senhorial e melancólico, que durante muitos e muitos séculos, fora grito de guerra nos Montes Apeninos. Segundo nos disseram, tinha sido abandonado temporariamente por seus donos. Acomodamo-nos numa das salas menores, que era também a mais modestamente mobiliada. Estava situada num torreão um tanto afastado do corpo principal do castelo; seus móveis, seus adornos, ricos e luxuosos, pareciam maltratados pela ação do tempo e apenas conservavam poucos vestígios do antigo esplendor.

Sobre as paredes caíam tapeçarias e troféus heráldicos, bem como grande quantidade de quadros modernos encerrados em molduras de ouro e madeiras finíssimas.

Devido talvez ao delírio que me produzia a alta febre, senti crescer dentro de mim um grande amor por aqueles quadros que como prodigioso e estranho museu, tinha diante dos olhos.

Mandei o criado fechar as pesadas portas e as altas janelas, pois era noite cerrada, e acender o candelabro de sete braços que encontrara sobre a mesa. Descerrei, em seguida, os cortinados de cetim e veludo que rodeavam o dossel de minha cama.

Queria assim, se por acaso não chegasse a conciliar o sono, distrair-me ao menos na contemplação dos quadros na leitura de um livro de pergaminho que havia encontrado sobre a almofada, o qual parecia conter a descrição e a história de todas as obras de arte que se achavam encerradas naquele castelo. Passei quase toda a noite lendo. Naquele livro estava realmente a história dos quadros que me rodeavam. E as horas transcorreram rapidamente e, sem que eu percebesse, chegou a meia-noite. A luz do candelabro me feria os olhos e, sem que meu criado o notasse, coloquei-o de tal modo que somente projetasse seus tênues raios sobre a superfície escrita do livro. Mas aquela troca de luz produziu um efeito inesperado.

Os resplendores das numerosas velas projetaram-se então sobre um quadro da alcova que uma das colunas do leito até então tinha envolto numa sombra profunda. Era o retrato de uma jovem quase mulher. Dirigi ao quadro uma olhadela rápida e fechei os olhos. Não o compreendi bem a principio. Mas, enquanto minhas pupilas permaneciam fechadas, analisei rapidamente a razão que mas fazia cerrar assim. Era um movimento involuntário para ganhar tempo, para assegurar-me de que minha vista não me tinha enganado, para acalmar e preparar meu espirito para uma contemplação mais serena. Ao cabo de alguns momentos olhei de novo para o quadro, desta vez fixa e penetrantemente.

Já não podia duvidar, ainda que o quisesse, de que então via muito claramente. O primeiro esplendor da chama do candelabro sobre a tela tinha dissipado a confusão de meus sentidos e chamara à realidade. O retrato era de uma jovem. Um busto; a cabeça e os ombros pintados nesse estilo que chamam, em linguagem técnica, estilo de "vinheta"; um tanto da "maneira" de Sully em suas cabeças prediletas. O seio, os braços e os cachos de cabelos radiantes fundiam-se imperceptivelmente na sombra que servia de fundo ao junto. A moldura era oval, dourada e trabalhada ao gosto moderno. Como obra de arte não se podia encontrar nada mais adorável do que a própria pintura. Mas pode ser que não fosse nem a execução da obra nem a beleza daquele semblante juvenil que me impressionou tão súbita e fortemente.

Devia acreditar ainda menos que a minha imaginação, saindo de um sonho, tivesse tomado aquela mulher por uma pessoa viva. Vi, em primeiro lugar, que os pormenores do desenho, o estilo e o aspecto da moldura não me deixariam nenhuma ilusão, ainda que momentânea, dissipando imediatamente semelhante encantamento. Fazendo estas reflexões, permaneci estendido uma hora inteira, com os olhos cravados no retrato. Tinha adivinhado que o "encantamento" da pintura era uma expressão vital, absolutamente adequada à própria vida, que primeiro me tinha feito estremecer e que finalmente me subjugara, aterrorizado. Com um terror profundo e insopitável, coloquei de novo o candelabro na sua primitiva posição. Tendo ocultado assim a minha vista a causa dessa profunda agitação, procurei ansiosamente o livro que continha a analise do quadro e sua história. Fui em busca do número que designava o retrato oval e li o seguinte relato:

"Era uma jovem de rara beleza e cheia de jovialidade. Maldita foi a hora em que viu e amou o artista, casando-se com ele! Ele, apaixonado, estudioso, amava, mais do que sua esposa, a sua Arte; ela, uma jovem de rara beleza e não menos amável do que cheia de jovialidade - nada mais do que luz e sorrisos - ágil como a lebre solta no campo - amando e acariciando todas as coisas - não odiando mais do que a Arte, que era sua rival - não temendo mais do que a palheta e os pincéis. Foi uma coisa terrível para ela ouvir o pintor falar do desejo de pintar sua esposa. Mas esta era obediente, e sentou-se com doçura durante longas semanas no sombrio e alto "atelier" da torre, onde a luz penetrava por uma clarabóia de cristal. Mas ele, o pintor, punha seu destino e sua glória no retrato, que avançava em cores de hora para hora e de dia para dia... E ele era um homem apaixonado e estranho, que se perdia em sonhos, tanto que "não queria" ver que a Luz que filtrava tão lugubremente naquela torre afastada, extenuava a saúde e a alma de sua mulher, que enfraquecia visivelmente aos olhos de todo o mundo, exceto aos dele.

Contudo, ela sorria sempre, sem se queixar, porque via que o pintor sentia um prazer doido e ardente na sua tarefa e trabalhava noite e dia para pintar aquela que amava tanto, mas que se tomava de dia para dia mais languida e mais débil. E, na verdade, os que contemplavam o retrato falavam em voz baixa da extrema semelhança do original como de uma prodigiosa maravilha e como de uma prova não menor do talento do pintor do que de seu profundo amor por aquela a quem pintava ato milagrosamente bem. Todavia, mais tarde, quando a tarefa se aproximava de seu fim, já ninguém podia visitar a torre: o pintor tinha enlouquecido com o ardor de seu trabalho e não tirava os olhos da tela senão para ver a fisionomia da mulher. E "não queria" ver que as cores que gravava na tela ele as ia tirando das faces daquela que estava sentada à sua frente. E quando, decorridas muitas semanas, já faltava muito pouco trabalho - nada mais do que uma pincelada sobre os lábios e uma sombra sobre os olhos - o espirito da mulher palpitou como a chama próxima a extinguir-se palpita numa lâmpada; e então o pintor deu a pincelada sobre os lábios e a sombra sobre os olhos e, durante um momento, quedou em êxtase ante o trabalho que tinha realizado; um minuto depois, quando o olhava extasiado, um estremecimento de terror percorreu seu corpo e começou a gritar com voz aguda e destemperada.

- É a vida, é a própria vida que eu aprisionei na tela!

E, quando se voltou para contemplar sua esposa, viu que ela estava morta.

conto de Edgar Allan Poe

BARCO PROCURA-SE

emparelhamento
Querer livrar-se de problemas é a melhor forma de os arranjar. Quando se tenta ser honesto... e nos dão honestidade pode ser tão doloroso e satisfatório quanto estar-se de repente encurralado entre a espada* e a parede**. Ou seja... sabemos exactamente a nossa localização de momento.
Sinto-me a flutuar... no meio de algo que não sei exactamente que é. Exige-se definição.
É um barco, o.k.

desabafo
Queria poder estar contigo... para poder dizer que não quero... que não serves de todo. Mas já comi uma fatia do bolo, e não me deste a provar todos os frutos secos, esses são os te que definem realmente.


fotografia de charlie rutledge

*espada_honestidade de outrém
**parede_consciência daquilo a que estamos dispostos a permitir-nos sentir, e de tudo aquilo que não sabemos (de todo) acerca do que sentimos ou queremos sentir.

quinta-feira, fevereiro 26, 2004

bELA...

Independentemente de o ser ou não, é como me sinto. pelo menos hoje...
embora triste, livre



By barry beckham

quarta-feira, fevereiro 25, 2004

Quando estamos dentro da boca da baleia é mais fácil esquivar-mo-nos dos dentes... estamos mais perto deles

Pois é! a vida é assim, quando mais próximo queremos estar das merdas, mais receios temos... Hoje em dia a atitude é: "Keep it cool!" Ou seja, deixa arrefecer, que depois não dói. Com as baleias é o mesmo... foge foge... quando menos esperares, ela chinca-te. Conselho: (sem experiência aplicada) enfrenta as mandíbulas para as conheceres melhor. Quando encontrare uma cavidade, espeta com um palito... ela abre a goela e ... das duas uma.. ou és rápidamente engolido com a força do bicho.... ou dás por ti no meio do mar alto... com sorte, passados uns dias naufragas... sempre é melhor que morte certa.!?!?!...

segunda-feira, fevereiro 23, 2004

LA CANCIÓN DESESPERADA

EMERGE tu recuerdo de la noche en que estoy.
El río anuda al mar su lamento obstinado.

Abandonado como los muelles en el alba.
Es la hora de partir, oh abandonado!

Sobre mi corazón llueven frías corolas.
Oh sentina de escombros, feroz cueva de náufragos!

En ti se acumularon las guerras y los vuelos.
De ti alzaron las alas los pájaros del canto.

Todo te lo tragaste, como la lejanía.
Como el mar, como el tiempo. Todo en ti fue
naufragio!

Era la alegre hora del asalto y el beso.
La hora del estupor que ardía como un faro.

Ansiedad de piloto, furia de buzo ciego,
turbia embriaguez de amor, todo en ti fue naufragio!

En la infancia de niebla mi alma alada y herida.
Descubridor perdido, todo en ti fue naufragio!

Te ceñiste al dolor, te agarraste al deseo.
Te tumbó la tristeza, todo en ti fue naufragio!

Hice retroceder la muralla de sombra,
anduve más allá del deseo y del acto.

Oh carne, carne mía, mujer que amé y perdí,
a ti en esta hora húmeda, evoco y hago canto.

Como un vaso albergaste la infinita ternura,
y el infinito olvido te trizó como a un vaso.

Era la negra, negra soledad de las islas,
y allí, mujer de amor, me acogieron tus brazos.

Era la sed y el hambre, y tú fuiste la fruta.
Era el duelo y las ruinas, y tú fuiste el milagro.

Ah mujer, no sé cómo pudiste contenerme
en la tierra de tu alma, y en la cruz de tus brazos!

Mi deseo de ti fue el más terrible y corto,
el más revuelto y ebrio, el más tirante y ávido.

Cementerio de besos, aún hay fuego en tus tumbas,
aún los racimos arden picoteados de pájaros.

Oh la boca mordida, oh los besados miembros,
oh los hambrientos dientes, oh los cuerpos trenzados.

Oh la cópula loca de esperanza y esfuerzo
en que nos anudamos y nos desesperamos.

Y la ternura, leve como el agua y la harina.
Y la palabra apenas comenzada en los labios.

Ése fue mi destino y en él viajó mi anhelo,
y en él cayó mi anhelo, todo en ti fue naufragio!

Oh sentina de escombros, en ti todo caía,
qué dolor no exprimiste, qué olas no te ahogaron.

De tumbo en tumbo aún llameaste y cantaste
de pie como un marino en la proa de un barco.

Aún floreciste en cantos, aún rompiste en corrientes.
Oh sentina de escombros, pozo abierto y amargo.

Pálido buzo ciego, desventurado hondero,
descubridor perdido, todo en ti fue naufragio!

Es la hora de partir, la dura y fría hora
que la noche sujeta a todo horario.

El cinturón ruidoso del mar ciñe la costa.
Surgen frías estrellas, emigran negros pájaros.

Abandonado como los muelles en el alba.
Sólo la sombra trémula se retuerce en mis manos.

Ah más allá de todo. Ah más allá de todo.

Es la hora de partir. Oh abandonado!

Pablo Neruda

sábado, fevereiro 21, 2004

O Homem...

palavras para quê? ao pé de um Stradivarius, todos os gatos são pardos...

...TEMPO SUSPENSO

... é engraçado. quando um corpo está livre mais corpos se aproximam, mais química ele liberta. Comprovado científicamente, posso agora comprová-lo na práctica.

No entanto quando a alma, ou a dita "cabeça" não se encontra livre de obstáculos, ela própria formas os seus próprios obstáculos, e limita a aproximação de outros corpos. A atração está lá, o tremor físico, o calor existe, mas não consegues uma aproximação. Há algo que te impede . Mantenho-me nesta posição... reluctante aguardo.... espero por outro tempos, nem melhores nem piores, um sinal.

mas outro tempo...
um tempo suspenso...
o vento norte que sopra algures
Sinto calor... espero.

sábado, fevereiro 14, 2004

No names have been changed to protect the innocent.They're all fucking guilty

"Tão retorcida pelos homens, um homem, o meu pai, que me tornei como eles. Tudo o que adorava neles, eles desprezavam em mim. Implacabilidade, arrogância, teimosia, distância e crueldade. Uma natureza fria calculista, imune a todos menos à minha razão. Nunca capaz de reconhecer as repercussões do meu comportamento. Inconsciente da brutalidade e egoísmo com que iria dilacerar outros.

Egoísta e egocêntrico, sem remorso. Um animal conduzido pelo instinto. Fazendo-se depender da intuição. Sempre à procura da próxima migalha suculenta, predador confiado, verosímil inocente. O meu objectivo, raramente mutilar ou matar, mas satisfazer.

Eu própria.

Se isso significar às custas do orgulho, vaidade ou mesmo existência de alguém, seja. As minhas intenções sempre foram verdadeiras. Para mim mesma.
(…)

Sempre tive uma natureza masculina. A maioria dos homens não suporta a competição. Enlouquece-os. Torna-os insanos. Força-os a quererem desamarrar-se (livrar-se/descartar-se). A dominar. Lutar para manter o controlo. Comigo não funciona assim. É um ou dois socos/murros, ou uma luta até ao final amargo/ressentido. A única coisa que o meu pai alguma vez me ensinou foi a nunca desistir.

Nunca me resignar/dar o braço a torcer. Provocar uma luta. Agir como um homem. E mesmo assim, como espécie, eu acho-os deploráveis. Ainda dei por mim tanto a tomar-lhes o partido, como a livrar-me deles uma vez contra o seu sexo. Essa pilha de emoções que carregou a minha força vital, funcionando como conduta para um estado de elevação. " - Lydia Lunch

um brinde ao teatro!

Viva o teatro vivo... o teatro daqueles que não olham sem lentes de filtragem da realidade!

quinta-feira, fevereiro 12, 2004

Uma manhã agradável de consciencialização corporal

nada como uma manhã calma, seguida de um prato de paellazitta. pra animar...
tenho de fazer mundanças em casa para que a nova amiga se sinta bem e tenha um espaço que considere seu.
A sala vai diminuir um pouco, lá com o computador. Já estou a rever disposições de móveis mentalmente... de manha foram disposições de vertebras...

quarta-feira, fevereiro 11, 2004

Pi=3,14

quando se fala de matemática, pensa-se que terá apenas que ver com algo de abstracto e racional. Mas não, cada vez mais consigo encontrar equações matemáticas nos relacionamentos interpessoais. Observo-me no lidar com outros, e às outras pessoas. Dou por mim a ter reacções tão ou tanto.. ou até demasiado espontâneas, mais do que eu desejava. que quando reflito sobre ela penso:"Claro! É lógico. Porque carga de água é que eu não haveria de me sentir bem? Mas no entanto tenho dúvidas, carências, ...-pois, estou viva! - loucura."

ou seja

equação A: (1+1=4)

terça-feira, fevereiro 10, 2004

...abatimentos

não bastam os abatimentos de dívidas que uma pessoa se tem de sujeitar, e ainda agora mais os abatimentos de humor a que estamos sujeitos. quem dera ser onda! ter o mar de embalo, ao menos sabia porque subia e descia tão inconstante.
não dormia suave só.

pauses...

are broken by statements not tenderness.
I always wanted more than this
- anne clark

dia estranho

talvez hoje me tenha decidido a dar início a este blog, nem sem bem porquê....
continuo a dar-me falsas esperanças... talvez seja um filme meu.
aqui estou... com todas as armas e feridas